


Lula surgiu como esperança nacional e termina condenado
João Henrique Belli
Estudante de Jornalismo
Após políticos, operadores e até marqueteiros, a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o Brasil já teve segundo o Ministério Público Federal, chegou ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. Entre apelações e julgamentos, Lula foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex. Todo o julgamento e a condenação criaram uma guerra de narrativas sobre o caso do ex-presidente. Um lado apoia a decisão da Justiça e o outro compra o discurso de Lula, afirmando que existe perseguição jurídica contra o ex-presidente. Questionar a parcialidade de um juiz é entendível, porém acreditar em perseguição de todo um órgão colegiado é cegueira ou teimosia. No momento a tentativa de salvação a Lula é o fim da prisão em segunda instância, boa parte do assunto na tentativa desesperada de Habeas Corpus no Supremo Tribunal Federal, foi à suposta inconstitucionalidade da prisão sem julgamento em todas as instâncias. Esse assunto é delicado já que só em 2016 o STF mudou o entendimento, se posicionando a favor da prisão em segunda instância. Essa decisão foi um tremendo acerto, afinal a Justiça Brasileira é demorada e nessa demora muitos casos prescreviam. Há inúmeros casos de réus que se enrolando no lento sistema Brasileiro ficaram impunes. Muita gente diz que o sistema no Brasil não funciona, mas ele funciona e muito bem, o problema é que a estrutura dele é montada para bandidos e se o intuito do sistema é livrar quem desrespeitou a lei, funciona perfeitamente. Tentando se aproveitar de toda a pressão popular e de todas as brechas, o provável próximo passo da defesa de Lula é apresentar ao STF um recurso extraordinário, esse recurso questiona a aplicação correta da Constituição Federal no caso. A pressão no Supremo Tribunal Federal é grande, podendo fazer com que de alguma forma inesperada um ministro mude sua opinião sobre o caso Lula. Para o Supremo, não é necessário respeitar constituição, já que eles são os guardiões da justiça e brincam de deus. Poder ilimitado nunca é saudável e se a população almeja um país justo, que se aumente o rigor das leis e independentemente de quem seja o réu, apoiar a investigação de quem agiu errado.
Jornal Matéria Prima é produzido por alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Cesumar - UniCesumar - na disciplina Técnica de Reportagem.