


Após a confusão na partida entre Fluminense e Flamengo, surge a questão sobre o uso de monitoramentos eletrônicos no futebol
Guilherme Fortunato
Aluno de Jornalismo
Dentre as grandes funções que a tecnologia exerce, a principal delas é facilitar a vida do homem. Pode substituir uma pessoa em determinada função, até mesmo executar uma quantidade maior de tarefas em um espaço curto de tempo. No esporte não é diferente. Vimos nos últimos Jogos Olímpicos, realizados no Rio de Janeiro em agosto, um exemplo de como a tecnologia pode ajudar. Mas no futebol, o esporte mais praticado no planeta o uso desse auxílio tecnológico ainda é visto como motivo de polêmica.
Dizer que o futebol não usa tecnologia seria um erro, pois os árbitros utilizam aparelhos eletrônicos para se comunicar durante a partida. Em alguns países a bola, vem com um chip para identificar se entrou ou não no gol. Mas para por aí. Assim como em outros esportes, tem lances em que é praticamente impossível enxergar a olho nu. A utilização de tecnologia de monitoramento poderia ajudar a arbitragem a controlar melhor o jogo e esclarecer as dúvidas sobre lances capitais do jogo.
Está mais do que na hora de o futebol se modernizar. A tecnologia pode ajudar
No último dia 13 de outubro, Flamengo e Fluminense protagonizaram um clássico carioca de muita discussão. No fim da partida o árbitro Sandro Meira Ricci foi acusado de utilizar informações externas por parte de algum individuo que viu impedimento no gol do Fluminense. O lance gerou reclamações e comentários durante toda a semana que sucedeu a partida. Um lance parecido ocorreu nas oitavas de final da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, onde Inglaterra e Alemanha jogavam. O arbitro uruguaio Jorge Larrionda anulou um gol legítimo anotado pelos ingleses quando a partida estava 2 a 1 para os alemães. A partida terminou em 4 a 1 para os germânicos, mas o lance poderia ser crucial para uma reação inglesa.
Está mais do que na hora de o futebol se modernizar. A tecnologia pode ajudar a decidir lances cruciais de uma partida, evitando discussões, pressão por parte de jogadores na arbitragem, além de propiciar um espetáculo limpo. Que os mandatários do esporte comecem a rever certos conceitos primitivos e passem a enxergar o futuro. O futebol precisa cada vez mais de monitoramento tecnológico, para abrilhantar o espetáculo e evitar que lances como o da partida entre Fluminense e Flamengo se repitam diminuindo as discussões em campo.
Nascido em Mandaguari, estudante de Jornalismo, sou apaixonado por esportes e política.
Jornal Matéria Prima é produzido por alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Cesumar - UniCesumar - na disciplina Técnica de Reportagem.
Ótima matéria, parabéns Guiga :D