


Jovens não conseguem decidir qual carreira seguir, não recebem orientação e acabam muitas vezes fazendo a escolha errada do curso
Adelson Jaques
Estudante de Jornalismo
Segundo o jornal O Globo atualmente a quantidade de brasileiros que chegaram à universidade soma 11% da população, porém só 10% desse total consegue se formar. Segundo a professora de biologia do Colégio Estadual São Vicente de Paula, de Nova Esperança ( distante 38 km de Maringá) Josiane Nicoletti, (49), são várias as causas que fazem o aluno desistir do curso na universidade. Deve-se levar em conta a base familiar, pois quando a família valoriza uma formação profissional e busca incentivar os filhos ao estudo, maiores são chances de entrarem e terminarem o ensino superior.
Não é assim que pensa o professor do Colégio Nobel Arnaldo Szlachta, (31), graduado pela Universidade Estadual de Londrina (UEM) e doutorando em História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Ele informou ao Jornal Matéria Prima (JMP) que os alunos entram num curso por imaginar uma profissão, ou até mesmo por pressão familiar. “O aluno encara a realidade de uma graduação e, no meio do caminho, acaba percebendo que não tem aptidão para o curso.”
Conhecer a profissão que se deseja trabalhar é fundamental
O governo federal discute várias reformas na educação e uma delas é a Medida Provisória 746/2016 proposta pelo ministro da Educação Mendonça Filho, e quem tem gerado inúmeros protestos e ocupação de escolas em todo o país. Segundo a MP os alunos vão poder escolher se vão querer estudar determinadas disciplinas. “Acredito que uma reforma é necessária e urgente, pois o ensino médio não está sendo proveitoso para os alunos e está sendo muito desgastante para os professores. Não sei se eles terão maturidade suficiente para essa escolha, mas quem sabe optando por disciplinas que lhes chamem a atenção, voltem se interessar interesse em estudar e um tempo maior dedicado ao que realmente lhes interessa”, disse a professora Josiane Nicoletti.
Há 10 anos foi aprovada pela Lei 15.075, a implantação do Programa de Atendimento Psicopedagógico e Social e cada escola estadual teria pelo menos um psicólogo, um pedagogo e um assistente social, profissionais aptos a auxiliarem os alunos numa eventual escolha por disciplinas para cursar o ensino médio.
Segundo a psicóloga Daniele Fébole, 25, conhecer a profissão que se deseja trabalhar é fundamental. “Paramos de fantasiar baseados em estereótipos e acompanhamos a vida real de quem trabalha. Isso é algo que a psicologia pode oferecer dentro das escolas: dar opções.”
Jornal Matéria Prima é produzido por alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Cesumar - UniCesumar - na disciplina Técnica de Reportagem.