


Tento encontrar respostas para todas essas angústias em lugares nunca antes explorados; espero que tudo seja aprendizado
Randy Fusieger
Aluno de Jornalismo
Um espectro. É assim que me enxergo quando dizem que são felizes ao meu lado. Mal sabem elas, pessoas, que toda essa felicidade que emana de mim e lambuza as almas ao ponto de escorregarem na minha euforia nada mais é do que uma armadilha. Uma armadura, quem sabe. Um arsenal desenvolvido tão somente por mim mesmo que sou capaz de dominar todos os instrumentos de uma vez, num misto de sapiência com ignorância que coloco na balança e defino para qual lado devo pender, dependendo do caso.
E eu não julgo isso como incredibilidade total em meu ser. Isso é positivo, possibilitando a criação de novas perspectivas, ares, sabores e aromas que só vivenciando a vida podemos sentir. O amargor de nossa existência pode ser perfumado com notas de inteligência e agradecimento: somos únicos, o que nos faz ainda melhores. Talvez esse formato que sigo de entender a felicidade seja ela em si e, como ainda sou totalmente perdido, continuo procurando respostas em novos ares que viajo e novos mares que navego. A vida carrega consigo utopias tão significativas que o riso chega e, junto dele, outras alegrias também. A partir do momento que detemos um arsenal, consideramos uma conquista. Conseguir dominá-lo, então, ressalta o quanto nós o entendemos e sabemos o momento certo de usá-lo, mais a favor do que contra, em ocasiões da existência.
Nem tudo é ruim ou, o que for, é legenda para compreensão do mundo por outro ângulo
Esse arsenal é a vida e as armas dispostas são as possibilidades entregues para serem usufruídas durante o caminho terreno. Em nossa própria existência ou na vida de outra pessoa, incumbir esses instrumentos para que sejam ferramentas de algo bom e construtivo é trazer calmaria em tempos de tempestades, luz para as trevas e amor para as descrenças. Até mesmo a descrença na vida.
Quero aproveitar tudo de mim. Das coisas boas, emana um sentimento puro de subversão ao irrisório e porto seguro em todas as certezas. Das más, uma escola que ensina que nem tudo é ruim ou, o que definitivamente for, é legenda para compreensão do mundo por outro ângulo. Há sempre um pouco de bem no mal e de mal no bem. Isso é a peça chave para que a essência, seja ela do que for, seja sentida. E é esse equilíbrio, concreto e sem precedentes, que deve nos acompanhar diariamente, até quando tudo virar lembrança.
Inquieto, procura onde nem sempre imaginam, coisas que nem sempre fazem sentido.
Jornal Matéria Prima é produzido por alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Cesumar - UniCesumar - na disciplina Técnica de Reportagem.