


Sorte; sorte tenho eu de ter um trevinho que só me traz alegria e momentos que, sem eles, fariam da minha vida um tédio
Natalia Sanches
Aluna de Jornalismo
Sempre conheci o trevo de quatro folhas principalmente por significar sorte, então desde quando era criança eu ia em busca de um. Pena que só achava o de três folhas. Chamado “trevo da sorte”, por ser raro e difícil de encontrar, diferentemente do trevo de três folhas. Mas foi em um desses dias que tive a sorte de encontrar um trevinho de quatro folhas, e a tal profecia de sorte se concretizou.
O meu trevinho, não tem quatro folhas verdes, mas eu juro que tem os olhos verdes mais lindos que já vi. Por esse motivo, que resolvi colecionar momentos. Acabei percebendo que a fotografia tem o poder de eternizar momentos, de congelar, mas a melhor câmera é a dos olhos. Nela não existe megapixel que seja mais alto, não existe limite de gigabytes para momentos registrados e é tudo ilimitado. Provavelmente você nem saiba, mas eu tenho milhões de retratos seus na minha “câmera”, e o meu preferido ainda continua sendo seu sorriso quando eu falo alguma coisa idiota só para chamar a sua atenção.
A minha câmera fica nos olhos, mas tudo é armazenado no coração, guardo então revelados sempre trilhões de detalhes seus, e um dos mais especiais vai ser obviamente o dia que te vi pela primeira vez. Ansiedade sempre foi o meu “melhor amigo”. Nesse dia se superou mais ainda, principalmente no momento que você abriu a porta, e “uou”, lá estava você, eu mal consegui pensar. Fui direto para o abraço forte e finalmente descobri como é seu cheiro, como eu já havia imaginado. Nenhum moletom meu cabe tão certo quanto um abraço seu. O melhor de ter essa câmera, é que além de captar os momentos, também é possível captar os cheiros e as sensações.
Depois disso, gosto de lembrar dos pequenos “grandes” momentos, aqueles que ninguém dá muito valor, mas quando existem, são mais importantes que nunca. Tipo ir com quem a gente ama para um bom restaurante ou andar de mãos dadas na praia, viver cada momento sempre como se fosse o último e, como de costume, guardá-lo na minha caixinha de fotografias.
O meu trevinho não tem quatro folhas verdes, mas juro que tem os olhos verdes mais lindos
Eu ainda gostaria de te mostrar os filmes que guardo aqui na minha mente, te contar todas as memórias que ficam guardadas na minha “câmera”, mas são muitas e continuam a crescer cada vez que estou com você. De verdade eu só quero que você saiba, que “É tão singular a minha vida quando eu tenho alguém pra chamar de vida”.
Jornal Matéria Prima é produzido por alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Cesumar - UniCesumar - na disciplina Técnica de Reportagem.