


Estrangeiros vêm a Maringá conhecer mais sobre o país e a cultura e apesar das diferenças, apaixonam-se pela cidade
Juliana Nicolini
Aluna de Jornalismo
Kate Williams diz ter aprendido boas lições no intercâmbio
(Imagem/Arquivo Pessoal)
A maioria dos jovens sonha fazer intercâmbio para que possa tornar-se mais independente e ter a oportunidade de conhecer culturas diferenciadas. Esse processo tornou-se cada vez mais acessível, e centenas de estrangeiros vêm para Maringá em intercâmbios por meio da Aiesec (tradução para o português Associação Internacional de Estudantes de Ciências Econômicas Comerciais) ou do programa Intercâmbio de Jovens do Rotary. No ano passado, a Aiesec recebeu, em média, 200 intercambistas em Maringá. Esses estrangeiros vêm geralmente durante os meses de janeiro, junho, julho e dezembro.
O Jornal Matéria Prima conversou com quatro intercambistas que vieram à Maringá e a constatação é de que a experiência os torna pessoas mais maduras, capazes de conhecer gente e culturas muito distintas das que estão acostumados. Vão da variedade de hábitos, costumes, comidas até gostos musicais entre outros. Mas apesar da necessidade de adaptação, esses intercambistas gostam da experiência de estar no Brasil e agregam a cultura local à deles. É como diz a australiana Kate Williams: “Estou aqui há quatro meses e sei que está sendo a melhor experiência da minha vida. Não podia pedir mais nada. Gostaria que mais pessoas fizessem esse intercâmbio para terem essa experiência maravilhosa”. Kate veio ao Brasil por meio do Rotary e afirma que, para ela, a maior dificuldade foi vir sem conhecer nada sobre o Brasil. A referência eram apenas alguns amigos. Mas ela também encarou essa dificuldade como um aprendizado.
Javier Gutierrez veio do México para ser “mais independente”
(Imagem/ Arquivo pessoal)
Javier Gutierrez, 18, estudante do ensino médio e nascido no México, assim como Kate, veio ao Brasil por meio do Rotary. Para ele, as maiores dificuldades a serem enfrentadas foram acostumar-se com a comida e viver longe da família. Em compensação, deu-se muito bem com os brasileiros. ”Gostei das pessoas e a sociedade por aqui é mais liberal. Me surpreendi o quanto os maringaenses são amigáveis e fáceis de lidar.”
”Sinto o impacto da experiência que tive no Brasil todos os dias”
Diferentemente dos outros estrangeiros, a marroquina da cidade de Safim, Shama Hatim, veio a Maringá por meio da Aiesec e optou pela cidade porque sempre quis conhecer localidades menores para ir a fundo na cultura e hábitos locais. Além disso, Shama afirma que Maringá tem localização estratégica, o que favoreceu a ela conhecer também outros lugares do Sul do país. Perguntada sobre o que lhe chamou atenção, a marroquina diz que a vegetação a influenciou na decisão de vir a Maringá. Shama está, no momento, fazendo intercâmbio na Hungria, mas ressalta: “sinto o impacto da experiência que tive no Brasil todos os dias”.
Shama Hatin no Parque do Japão; mergulho na cultura local
(Imagem/Arquivo pessoal)
Jornal Matéria Prima é produzido por alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Cesumar - UniCesumar - na disciplina Técnica de Reportagem.