


Os eventos exploram assuntos geralmente polêmicos para ajudar no desenvolvimento da vida acadêmica dos alunos
Gabriel Pinheiro
Aluno de Jornalismo
“Nos debates a gente vê as coisas de forma muito mais real. Claro que na sala também temos muitas discussões sobre todos os assuntos, mas as pessoas que vão ali para falar já estão na área, já exercem a profissão e têm muita coisa para trazer sobre os temas”, afirma Isabelly Medeiros Venancio, 18, estudante do 1º ano do curso de Direto da Unicesumar (Centro Universitário Cesumar) sobre os debates organizados pelo Observatório de Bioética e Justiça (OBJ).
Os debates, que ocorrem mensalmente na Unicesumar, têm como objetivo levar para o meio acadêmico assuntos polêmicos ou pouco explorados dentro da sala de aula, focando, principalmente, em questões jurídicas. E para o aluno do 2º ano de Direito da Unicesumar Willian Lombardi, 19, a abordagem de temas considerados tabus foi o ponto mais positivo dos eventos.
Em contrapartida, tanto Willian Lombardi quanto Isabelly Venancio criticam argumentos e discursos usados por debatedores que focaram em visões religiosas ou muito subjetivas. “Muitas vezes palestrantes utilizaram um caráter pessoal e apelaram para o emocional, para desenvolver uma discussão séria e que dentro da universidade teria que ser [puramente] científica”, afirma Lombardi.
E mesmo apontando essa questão, Isabelly se diz satisfeita com os eventos. Ela elogia a qualificação dos debatedores, a organização e o desempenho dos envolvidos. “O que era ruim no primeiro, que era a questão do tempo e de passar do horário [previsto], já foi corrigido.”
Já Nadia Carolina Martins Pereira, 18, estudante do 1º ano de Direito, reclama da pontualidade. “Teve gente que veio de outra cidade e chegou nove horas da manhã. Acho que do mesmo jeito que a gente conseguiu estar lá [no horário marcado], eles [os debatedores] também têm que estar lá às nove e começar às nove. O primeiro debate começou quase 10 horas. Eu fiquei indignada.”
A abordagem de temas considerados tabus foi o ponto mais positivo dos eventos
Mas os três universitários concordam em um ponto: eventos como esse são essenciais para aprimorar o conhecimento adquirido na universidade. “A importância desse tipo de evento é imensurável no desenvolvimento da vida universitária”, diz Nadia. Segundo ela, o conteúdo dos debates pode se tornar relevante em uma conversa entre amigos, em uma prova de um concurso e, claro, dentro do desenvolvimento acadêmico.
“Como universitários, temos que entender que se formos ficar presos dentro da sala de aula, vai ficar muito complicado termos algum tipo de ascensão na vida”, afirma Willian Lombardi.
Jornal Matéria Prima é produzido por alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Cesumar - UniCesumar - na disciplina Técnica de Reportagem.