


Depois de perder uma perna há dois anos, Vinicius Rodrigues, 21, é hoje esperança brasileira nos Jogos Paralímpicos
Guilherme Fortunato
Aluno de Jornalismo
O paratleta Vinicius Rodrigues 21, é velocista e corre nas modalidades dos 100 m e 200 m rasos e no salto em distância, categoria t42. Nascido em Maringá, sofreu um acidente de moto em 2014, com apenas 19 anos. Enquanto esteve no hospital, recebeu apoio de campeões paralímpicos que o convidaram a treinar no Instituto Mara Gabrilli (IMG), em São Paulo. Hoje é uma das esperanças do Brasil para a disputa de uma medalha nos Jogos do Rio 2016. Por telefone, Vinicius Rodrigues conversou com o Jornal Matéria Prima e contou um pouco da história de vida dele e objetivos:
O ano olímpico é sempre muito especial na vida de todo atleta. Como você vem se preparando para os jogos?
Sim, ano de mundial e olimpíada mudam muito o preparo, intensidade nos treinos, dieta , existe toda uma periodização de treinos e descanso. Venho me preparando, treinando todos os dias de segunda a sábado.
Quais são principais adversários para a disputa de medalhas?
Me considero como principal adversário, pois todos os dias tenho que me superar. Como sou recém-amputado tenho muito que aprender tecnicamente e fisicamente , tenho muito a evoluir, mas me vejo como um futuro campeão.
Há um pouco mais de dois anos você sofreu um acidente e teve parte da perna esquerda amputada. Quais os sonhos de menino que foram deixados de lado?
Eu seria militar, estava prestes a entrar na Escola de Soldados da Polícia Militar quando sofri o acidente.
Seis meses após o acidente você já estava correndo com prótese. O que o levou a buscar o esporte?
Fui incentivado por outros campeões paralímpicos, a [também velocista] Terezinha Guilhermina me visitou no hospital. Heinrich Popow, alemão campeão da Paraolimpíada de Londres nos 100 m de Sprint [modalidade de maior prestígio nos jogos] também me incentivou.
Demorou muito para aceitar o que havia acontecido com você?
No começo fiquei sem saber o que iria fazer da minha vida, pois sempre fui ativo , do nada, perdi uma perna. Era um novo desafio, mas depois da visita da Terezinha [Guilhermina] no hospital tudo ficou claro, sabia que teria um caminho melhor pela frente.Venho me preparando, treinando todos os dias de segunda a sábado.
Venho me preparando, treinando todos os dias de segunda a sábado
Quais sonhos e objetivos você pretende alcançar na vida pessoal e profissional?
Ser campeão paralímpico e mundial. Pessoalmente é poder ajudar outras pessoas a realizarem seus sonhos, seja através de uma prótese, cadeira de roda ou dando uma oportunidade.
Nascido em Mandaguari, estudante de Jornalismo, sou apaixonado por esportes e política.
Jornal Matéria Prima é produzido por alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Cesumar - UniCesumar - na disciplina Técnica de Reportagem.