


O governo federal tem demostrado estar mais atento a essa questão, mas é preciso pulso firme também da CBF
Murilo Lima
Aluno de Jornalismo
Imagem/Reprodução
Na edição 437ª do Jornal Matéria Prima, o artigo “A violência no futebol precisa de ação política” afirma que não basta cadastrar torcedores ou restringir a entrada nos estádios para coibir a violência no futebol e sugere ações políticas. Mas isso já vem sendo feito. O governo tem demonstrado estar mais atento a esses acontecimentos dentro e fora dos estádios brasileiros. Um exemplo disso ocorreu no último dia 11 de maio com o lançamento de um guia padronizado para combater a violência no futebol. É uma espécie de cartilha que orienta as forças de segurança pública na atuação contra a violência entre torcedores.
O documento, apresentado pelo governo federal em parceria com os ministérios da Justiça e do Esporte, é resultado de cinco anos de pesquisas e dados, colhidos junto a secretarias estaduais e municipais com o auxílio das forças de segurança e clubes.
O governo lançou um guia padronizado para combater a violência no futebol
A comparação feita pelo articulista do JMP com as medidas que baniram a violência do futebol inglês é válida, porém de pouco efeito sobre o futebol brasileiro. O fato ocorrido em Bruxelas feriu a imagem de uma instituição que cuida do futebol europeu, a Uefa (União das Federações Europeias de Futebol), que foi severa para solucionar de uma vez o problema com os hooligans na Europa.
No Brasil temos o caso do jogo entre Corinthians e River Plate pela Libertadores de 2006. As medidas naquela época para coibir a violência futuramente na competição não foram bem vistas por todas as esferas. O máximo que a Comebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) fez contra a equipe do Corinthians foi apenas tirar o mando de campo por um ano.
Não cabe só ao governo, portanto, estabelecer medidas conta a violência no futebol. O que se espera é pulso firme da entidade que controla o futebol brasileiro, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Atitudes como a da Uefa com os torcedores da Juventus e Liverpool, banindo as equipes das competições da entidade, ou, atualmente, em ligas nacionais na Europa, que em casos assim rebaixam a equipe no campeonato.
Com certeza o empenho para acabar com cenas terríveis no futebol é papel de todos.
Jornal Matéria Prima é produzido por alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Cesumar - UniCesumar - na disciplina Técnica de Reportagem.