


É triste ter que dar adeus ao nosso “filho” JMP, mas o sentimento é de dever cumprido e é muito bom terminar assim
Larissa Bezerra
Aluna de Jornalismo
Desde criança gostava de brincar com as palavras, talvez tenha sido esse um dos motivos de ter escolhido o jornalismo como profissão. Logo, vi que não seria suficiente para seguir a carreira. Mas não importou. Chamem de amor à primeira vista, burrice, vontade de ser pobre, ou sei lá, só sei que uma paixão arrebatadora tomou conta de mim logo de cara. É o que eu esperava de qualquer coisa que fosse fazer.
Em 2015 chegou o segundo ano e o Jornal Matéria Prima, recheado de muitos desafios, alegrias, novos conhecimentos e algumas frustrações, mas nada abalou minha vontade de continuar e acho que fiz o melhor que pude. Essa é a melhor maneira de terminar, por isso, roubando um pouco do sentimento de Fernando Sabino, é exatamente assim que eu queria minha última crônica aqui. Quereria uma assim em qualquer lugar.
As dificuldades fizeram com que eu me sentisse ainda mais forte para encarar os dois anos que ainda estão por vir. E ficaram muitas lições, recordações e sentimentos que eu gostaria de compartilhar.
Se está disposto a gastar um tempinho para se tornar mais humano, mergulhe
Para quem vai chegando, é importante saber que você precisa fazer mais do que um texto para ganhar nota. Desafie-se. Aproveite. Conheça pessoas. Conheça a cidade. Conheça histórias. Deixe tudo isso ganhar força dentro de você. É assim que funciona. No final de tudo, vai se ver misturado com as palavras e tudo vai fazer parte de você e sentido. E é por isso que vai sentir tanta falta: um pedacinho seu vai ficar aqui. Mas isso não é ruim. Pois tudo que viveu, ouviu e realizou também vai contigo. E jamais vai esquecer. É essa minha sensação no momento.
Muito mais do que “aprender a fazer jornalismo”, vai aprender a ouvir, a sentir, a olhar as vidas ao redor. Então, se ainda está em dúvida se entrar nesse mar vale a pena, eu digo a você: se está disposto a gastar um tempinho para se tornar mais humano, mergulhe.
Talvez a gente não possa mudar o mundo. Digo “talvez” porque sou otimista. Mas dizem por aí, que o mundo começa em nós. Quer maneira melhor de iniciar uma mudança do que começando por você mesmo?
Agora, só me resta dizer obrigada. Obrigada à minha família, (principalmente papai e mamãe), por acreditar, me apoiar e tornar tudo isso possível. Obrigada aos meus colegas de sala, por tornarem essa caminhada muito mais prazerosa. Obrigada aos professores e todos aqueles que estiveram presentes e ajudaram de alguma forma.
De maneira especial e do fundo do coração, agradeço às pessoas que colaboraram para cada reportagem. Muito mais pelas conversas, pelo cafezinho, pelas histórias e pelo carinho, do que pela reportagem em si. Também àquelas que serviram, de certa forma, de inspiração para as crônicas ou que ajudaram com sugestões de temas para os artigos. E também, como disse Galeano, “agradeço ao jornalismo, que me tirou da contemplação dos labirintos de meu próprio umbigo”.
Então cantaria o rei, “só me resta agora dizer adeus e depois o meu caminho seguir, o meu coração aqui vou deixar, não ligue se acaso eu chorar, mas agora adeus”.
Jornal Matéria Prima é produzido por alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Cesumar - UniCesumar - na disciplina Técnica de Reportagem.
Parabéns. Lindo texto.
Ser leitora de Fernando Sabino, é uma das razões de teu texto ter me chamado a atenção, a tua última crônica. Parabéns você vai longe…Um estilo muito sutil, até parece com os textos que escrevo, uma mistura de ideias que se concentra em alguma coisa que amamos, ou a que dedicamos com paixão. foi isso que senti, muita paixão…
Parabéns