


Os anos são como os Senhores do Tempo, não morrem, apenas mudam de aparência e personalidade, mas os anos não têm Tardis
Lucas Schimmack
Aluno de Jornalismo
A minha jornada no JMP está acabando. Este é o último texto que escrevo aqui. O último título, os últimos parágrafos, as últimas palavras, as últimas letras, os últimos acentos. É hora de dizer adeus (ou melhor, até mais). E como todo clichê de fim de ano, é tempo de lembrar o que aconteceu.
É como entrar na Tardis (a maquina do tempo que usamos com O Doutor), é maior por dentro do que por fora. Parece que o ano foi tão rápido quanto o Papa-Léguas (e foi mesmo). Entretanto, as lembranças são tantas que algumas nem parecem deste ano. Lembro do primeiro dia de aula, cheguei na sala acreditando que só havia colegas lá dentro e dei um tapa na porta para fazer barulho (até hoje a professora diz que sou barulhento).
Para completar minha, nada manchada (leia com o tom mais irônico possível) reputação, não escrevi para a 410ª edição do JMP (a primeira deste ano). Restou dedicar-me ao máximo em todas as outras 10 edições que escrevi. Aliás, histórias muito boas como a do seo Rui, do Jardim Vitória, ou a do Buracão, onde, na infância, aprendi a jogar bola.
Os artigos e críticas poderiam ter sido melhores, é verdade, e também poderia ter tido temas variados, contudo, a incerteza de fazer algo não relacionado a esporte ajudou para que os textos a ficarem redundantes (não muito, mas ficaram).
Tudo que passou em 2015 fica na memória, não mais como este ano, e sim como ano passado
E as crônicas? Ah, como amo esse gênero. Motivado a querer ser aspirante a Nelson Rodrigues, tentei dar o melhor de mim (detalhe, nunca serei como Nelson, jamais me compararei a ele, logo serei aspirante durante toda minha vida). Gostei de escrever todas. A do rádio, a do pneu, a que não sei definir, a do aniversário (a que mais gostei) e esta.
Então é isso, não há mais o que falar, nem escrever. Tudo que passou em 2015 fica na memória, não mais como este ano, e sim como ano passado. Assim como os Senhores do Tempo, os anos não morrem, apenas mudam de aparência e personalidade, entretanto, os anos não têm Tardis.
Jornal Matéria Prima é produzido por alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Cesumar - UniCesumar - na disciplina Técnica de Reportagem.