


Movimento empreendedor contribui para mudança de cultura no Estado e no País e capacita estudantes ao mercado
Paulo Rodrigues
Aluno de Jornalismo
(Foto: Unicesumar/Assessoria de Imprensa)
O Movimento Empresa Júnior (MEJ) surgiu em Paris (França) no fim da década de 60. Com o passar do tempo, o fomento ao empreendedorismo se espalhou pela Europa e chegou ao Brasil. Em terras tupiniquins, as empresas juniores se consolidam como ponte entre o ensino superior e o mercado de trabalho.
Os números demonstram na prática a teoria. São 236 empresas juniores, 17 federações estaduais e mais de 11 mil participantes, conforme atesta a Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior). O crescimento das empresas juniores no Brasil é consonante com a recente pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizada internacionalmente em quase cem países.
A pesquisa confirma o alto índice de empreendedorismo entre adultos no Brasil, 34,5% em 2014 ante 23% em 2004. Além disso, destaca o fato de o Brasil ter mais empreendedores frente a economias desenvolvidas e a outros países em vias de desenvolvimento.
De acordo com Guilherme Camargo, 21, assessor de relações públicas, e João Luis Grizinsky de Brito, 23, diretor-presidente, ambos da Federação das Empresas Juniores do Estado do Paraná (Fejepar), o MEJ tem ganhado espaço, desde 2010, nas universidades. Por outro lado, ainda buscam consolidar a cultura empreendedora nas empresas paranaenses.
No âmbito nacional, Júlia Vigné, coordenadora de relações públicas da Brasil Júnior, afirma que “[a confederação] tem parceria com diversas empresas de grande porte e forte atuação dentro do país”, alcançando novas empresas e fortalecendo as empresas juniores perante a sociedade.
No Estado, ao menos 21 empresas juniores são reconhecidas pela Fejepar, dentre as quais a Adecon Consultoria Empresarial – UEM, detentora de prêmios nacionais como Melhor Empresa Júnior do Brasil. Mesmo assim, nem todas as empresas presentes no mercado de trabalho paranaense têm conhecimento sobre a capacitação que o movimento proporciona para quem dele participa. “As grandes empresas acabam dando uma maior importância à experiência no MEJ do que as [empresas] de médio e pequeno porte”, afirma Brito.
Empresas juniores se consolidam como ponte entre o ensino superior e o mercado
Para a relações-públicas da Brasil Júnior, contudo, enquanto as médias e grandes empresas têm interesse nos empresários juniores por causa do diferencial e da vivência empreendedores, o maior mercado das empresas juniores são as micro e pequenas empresas. “Os projetos realizados pelas empresas juniores são de qualidade e com valor abaixo do mercado, o que faz que o MEJ seja atrativo para as micro e pequenas empresas”, atesta Júlia.
Além disso, o diretor-presidente da Fejepar explica que “uma grande parcela das pequenas empresas e startups que vêm surgindo no Brasil são fundadas por profissionais que passaram pelo MEJ e entendem o diferencial do movimento”. Atualmente, as companhias startups são exemplos ideais sobre o empreendedorismo e a importância que tem no mercado de trabalho.
Jornal Matéria Prima é produzido por alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Cesumar - UniCesumar - na disciplina Técnica de Reportagem.