


Há 25 anos, o antigo "Barzinho da Beth", hoje Santa Mônica, é parte da identidade do bairro da região norte
Nádia Viviane
Aluna de Jornalismo
Inaugurado no dia 26 de abril de 1988, o antigo “Barzinho da Beth” hoje se transformou na Mercearia Santa Mônica. Com 25 anos de existência, localizado no Jardim Campos Elísios, zona norte de Maringá, o estabelecimento é frequentado pela maioria dos moradores do bairro que vão ao local para fazer compras mas também “espairecer a cabeça”.
A dona da mercearia e presidente da associação de moradores do bairro há oito anos, Elisabeth Guerra de Oliveira,53, a Beth, mora ao lado do estabelecimento. Segundo ela, tudo começou com um “botequinho” que em alguns anos se transformou na mercearia que hoje é referência ao Campos Elísios. “No início, a ideia era começar a trabalhar em casa com algo que fosse meu, daí meu marido falou em construir uma portinha”, disse.
O plano de montar uma mercearia veio por causa da necessidade que o bairro tinha de ser povoado e ter algo que chamasse a atenção. “Nessa região não tinha nenhum barzinho, era bem deserto, foi aí que tivemos a ideia de montar uma mercearia”, contou.
De acordo com Beth, desde a inauguração até hoje, o Campos Elísios evoluiu muito. “A região cresceu e eu quis crescer junto. Tenho o objetivo de avançar mais ainda com produtos diferentes para atrair novos clientes.”
A região cresceu e eu quis crescer junto. Tenho o objetivo de avançar mais ainda
Os funcionários são todos da família, desde o marido de Elisabeth até o genro.
Assílio Ferreira de Carvalho, 49, representante de vendas, é fornecedor há 15 anos da mercearia. Ele contou que, de início, começou a distribuir bebidas e com o tempo, passou a entregar outros produtos, como os de limpeza. “O pessoal da mercearia é a minha segunda família, é uma amizade de muitos anos,” disse.
Novas amizades é o que não falta na mercearia. Renato Bissoni,29, motorista, disse que é cliente há seis anos e que vai ao estabelecimento pelo menos quatro vezes na semana.
Ele contou que o ciclo de amizade aumentou depois que começou a frequentar o local. “Quando chego do trabalho, gosto de dar uma ‘passadinha’ lá, nem se for só para tomar uma cervejinha e conversar com todos os amigos que conheci na mercearia.” Segundo Bissoni, os moradores do bairro estão acostumados com o comércio por causa da facilidade em satisfazer a demanda das pessoas que moram perto. “Se precisar de um leite, é só correr lá na mercearia”, disse.
A consultora e professora de empreendedorismo, Julimari Bonvechio de Oliveira,43, ressaltou que há grande importância nos pequenos comércios de bairros, pois esses locais abastecem a população que ali vive, auxiliando no bem estar e na demanda dos moradores.
“Esses comércios podem crescer e se multiplicar, trazendo uma importância econômica para a comunidade que necessita ter um mercado, uma padaria ou até mesmo uma farmácia mais próxima de casa”, afirmou.
Aspirante de Jornalista e locutora. Apaixonada pelo rádio. Adora uma boa história.
Jornal Matéria Prima é produzido por alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Cesumar - UniCesumar - na disciplina Técnica de Reportagem.