


O sexo feminino está investindo no conhecimento e ocupando postos de liderança, elas ocupam 27% das chefias do País
Marcela Cruz
Aluna de Jornalismo
As mulheres investem mais no conhecimento, apontam pesquisas (Foto: Antonio Cruz/ABr)
A realidade que encontramos no século 21 é bem diferente do que era possível observar no século passado. O machismo, que antes era evidente, a cada dia perde força. As mulheres já não são mais as mesmas, mesmo com os deveres de mãe, mulher, e dona de casa, elas se dividem em tarefas muito mais complexas. O sexo feminino está investindo no conhecimento e ocupando postos de liderança. Elas ocupam 27% das chefias do País, de acordo com pesquisa feita em 2012 pela agência americana Centre for Talent Innovation. “A mulher sempre é mais cobrada, tanto por si mesma, quanto pela sociedade, porque ela vem de um perfil social onde é mãe e dona de casa. Ela precisou galgar essa luta para conseguir chegar aonde está”, pondera Adriana Chagas, 43, consultora de Recursos Humanos e coaching.
O sexo feminino está investindo no conhecimento e ocupando postos de liderança
Nas universidades brasileiras se pode notar o grande passo que as mulheres conseguiram dar. Dados do Censo do Ensino Superior de 2010, produzido pelo Ministério da Educação, apontam que elas ocupam 57% das matrículas e na conclusão do curso somam 60% dos formandos. “As mulheres tiveram que aprender novas habilidade que não vieram de berço, e isso as aprimorou”, ressalta Chagas.
Enfatizando a situação das mulheres no setor da educação, pode-se notar novamente a diferença. No ensino básico as mulheres somam 83%, no ensino fundamental 93% dos professores são do sexo feminino. Porém, nas universidades esse número retrocede. Somente 40% dos docentes são mulheres. “Nas universidades a mulher é vista de igual para igual, o sexo não é o mais importante, o que importa é a competência do profissional”, frisa Nilce Marzolla Ideriha, 58, coordenadora do curso de medicina da UniCesumar. Entretanto, nem sempre foi assim. “Hoje a sociedade encara com mais naturalidade. É uma conquista”, completa Marzolla.
Na Medicina também é possível perceber o aumento significativo de mulheres. O número de alunos e alunas é praticamente o mesmo, porém, as melhores notas sempre são a das mulheres. É o que revela Julia Galdiano Vieira, 23, acadêmica da área.
Muitos cursos desde sempre, foram direcionados aos homens, mas atualmente estão ganhando um toque feminino. Um exemplo é o curso de Agronomia, no qual “as mulheres ocupam parte significativa das vagas e mostram que estão ali para fazer a diferença”, completa a acadêmica do curso Bruna Ximenes, 20.
Jornal Matéria Prima é produzido por alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Cesumar - UniCesumar - na disciplina Técnica de Reportagem.