


Com mais de 50 casas cadastradas, projeto visa melhorar a segurança e até o relacionamento entre os moradores no bairro
Victor Rossi
Aluno de Jornalismo
Gisele de Oliveira é responsável por levar o projeto à Zona 2 (Foto: Victor Rossi)
O que era para ser apenas um projeto piloto em algumas casas da Zona 2, região central de Maringá, hoje já alcança várias ruas. É dessa forma que moradores do tradicional bairro respondem ao projeto “Vizinho Solidário”, implantado em novembro do ano passado. Comum em vários bairros de Londrina e Curitiba, o projeto, que já conta com mais de 50 casas cadastradas, foi a maneira encontrada pelos moradores para garantir a segurança compartilhada das residências. Além disso, ajuda no relacionamento entre os que moram no local.
A responsável por levar o projeto à Zona 2 foi a empresária e vice-presidente da associação de moradores, Gisele Nogueira de Oliveira, 31, que explicou como descobriu o “Vizinho Solidário’’. “Estava conversando com o presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Maringá (Conseg), Antônio Tadeu Rodrigues, que me alertou que outras cidades já estavam com esse projeto. Ele perguntou o que eu achava de implantar na Zona 2. Foi aí que surgiu o interesse’’.
Oriento todos. Explico a ação de cada pessoa, o perfil das pessoas que podem ser consideradas suspeitas e principalmente, o compromisso do projeto
Depois de estudar o projeto e ver de perto como funciona o “Vizinho Solidário’’ em bairros de Londrina, Gisele resolveu trazer a ideia para Maringá. Uma simples conversa com alguns moradores mais antigos, serviu para atrair as pessoas para o projeto. “Oriento todos. Explico a ação de cada pessoa, o perfil das pessoas que podem ser consideradas suspeitas e principalmente, o compromisso do projeto, que é cada morador, de forma bem simples, cuidar da moradia do outro, como se fosse algo seu.”
Sem mensalidade, o único requisito essencial para participar do projeto é a aquisição de um kit, composto de simples apito, placa e ímã de geladeira, com telefone da polícia militar, do Corpo de Bombeiros e dos outros moradores. Os moradores se comunicam uns com os outros se houver necessidade. Caso algo mais grave aconteça, os vizinhos são orientados a apitar e imediatamente entrar em contato com a polícia ou com o Corpo de Bombeiros.
Entre os moradores, a opinião a respeito do projeto é de total aprovação. Além de ser uma medida de segurança, o “Vizinho Solidário’’ também tem um apelo social importante. “Achei bacana a ideia. Além de cuidar da moradia dos outros, mantemos um relacionamento, a amizade entre os demais moradores. Aqui [na Zona 2], até pelo projeto, nós temos que manter um certo contato’’, comentou o morador Manuel Quaresma Xavier, professor, 61.
Tenente Cláudio Rocha: moradores precisam fazer a parte deles (Foto: Victor Rossi)
Para o sucesso do projeto, um dos fatores que mais devem ser levados em conta é a solidariedade de cada morador com o outro. É o que explica o tenente Cláudio Pereira da Rocha, do 4º Batalhão de Maringá. “Até pelo nome do projeto, todos precisam ter a consciência de que não estão sozinhos, de que cada um precisa cuidar do outro, ser solidário.” Mesmo com a polícia atuando de forma frequente no patrulhamento do local, em determinados momentos do ano, a solidariedade de cada morador necessariamente tende a aumentar. “No fim do ano, como os alguns acabam viajando, saindo de férias, é essencial que o morador informe ao vizinho que estará ausente. Isso é mais uma forma de combater algo de ruim que possa ocorrer no bairro.” O tenente completa, afirmando que em caso de maior necessidade, o morador deve imediatamente alertar a polícia.
Fã dos esportes, encontrou no Jornalismo uma chance de conhecer o mundo e suas singelas histórias.
Jornal Matéria Prima é produzido por alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Cesumar - UniCesumar - na disciplina Técnica de Reportagem.
Gostaria de mais informações, onde encontrar as placas ou o kit completo, para propor aos vizinho.
Olá gostaria de implantar na minha rua, bairro cidade nova.