


Quando poderíamos imaginar que o segmento tomaria posse do que sempre foi dele? Encontrou na “nuvem” a solução
GEREMIAS JUNIOR
Aluno de Jornalismo
Há 10 anos, “baixar” música pela internet era praticamente tortura. Muito diferente de hoje, onde quase tudo está na “nuvem”. Estou tentando me desapegar de programas como o iTunes e o Windows Media Player. Mas afinal o que é essa bendita nuvem?
Referência ao "iCloud" (Foto: Jotagê Ferreira)
Ora, é quando você consome o conteúdo que está na web, sem a necessidade de baixar e guardar no seu computador, por meio do “streaming”. A alusão à nuvem é feita porque acessamos pela internet, programas, serviços e arquivos remotamente, guardados em grandes servidores. Mas você deve estar se perguntando: E eu com isso? Ou vai me dizer que nunca baixou alguma música na internet de maneira ilegal?
É aqui que começa a minha história. Sabe aquele momento em que está ouvindo rádio, toca aquela música sensacional e quer escutá-la novamente? Descobre na internet o nome do compositor, a letra, enfim, tudo referente àquela música. Então, “baixa” sem pensar duas vezes?
Infelizmente, essa música era um vírus que contaminou toda a minha máquina. Vai dizer que isso nunca te aconteceu? Sorte sua, pois comigo sim, e várias vezes. Essa foi e é uma das estratégias que a indústria encontrou para “barrar a pirataria”.
Felizmente, esse assunto já é passado, pois a indústria fonográfica encontrou uma maneira de ganhar dinheiro de forma inteligente, livre de complicações como vírus. Penso no Youtube. Como poderíamos imaginar que esse portal de vídeos daria renda a artistas tanto independentes quanto profissionais e, de quebra, ainda lhes renderia notoriedade e fama?
Artistas independentes foram os maiores beneficiados com essa nova maneira de se ouvir música, pois podem apresentar novidades – muitos deles, aliás, estimulam a troca de arquivos em MP3. Os figurões do pop ainda se dividem quando se fala nos efeitos do “download”. Compartilhar ou não compartilhar, eis o dilema.
Fico feliz em saber que a música e todo esse universo se reinventou para melhor, de tal forma que a estratégia está sendo levada para outros segmentos, como o mercado editorial. É estranho pensar nisso, parece algo tão irreal porque estamos lidando com aquilo que sempre foi e é de direito da indústria, afinal, nada é de graça. Sinceramente, sei que existe sempre uma solução.
Dentre muitas tarefas que desempenho todos os dias, a melhor delas é ser estudante de jornalismo. Gosto levar a vida com leviandade. Sou amante da boa música, de boas companhias. De quem entende o que eu digo. De quem escuta o que eu penso.
Jornal Matéria Prima é produzido por alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Cesumar - UniCesumar - na disciplina Técnica de Reportagem.
Viva a tecnologia! Indubitavelmente ouvir músicas na “nuvem” é ótimo. Mesmo que eu ainda goste muito de comprar discos e dvs, a quantidade de faixas que eu tenho no Rdio é muito mais do que eu poderia um dia comprar ou baixar. No entanto a “nuvem” como tudo hoje na internet está virando muito comercial, é claro eles tem que ganhar dinheiro com algo, mas venhamos e convenhamos publicidade no Soundcloud e no Youtube é um saco!