


O site tornou-se ferramenta de comércio online, atraindo pessoas que buscam oportunidades de ganhar (e gastar) dinheiro
Thiago Bulhões
Aluno de Jornalismo
Velhos conhecidos do público, os sites de relacionamento ganharam nova função com o tempo: a de ser espaço para compra e venda de produtos dos mais diferentes tipos. No Facebook, por exemplo, os grupos que reúnem gente atrás desse novo comércio aparecem em ascendência. Em Maringá, destacam-se cerca de dez grupos especializados em comércio via rede social, onde se encontra de tudo: importados, eletrônicos, roupas e até divulgação de encomendas para alimentos.
O empresário Michel Henrique Franco Carniel é fundador do “Classificados Maringá”, um dos mais movimentados grupos de compra e venda da cidade (com mais de 10 mil membros). Carniel lembra que, em princípio, queria apenas divulgar a empresa da qual é dono, no ramo da comunicação visual. “O Facebook dá a chance de a gente fazer divulgação de um jeito rápido, barato e dinâmico. Não tive nenhum retorno financeiro além das vendas. Mas estou aí para ajudar a galera.”
O grupo “Classificados Maringá”, nova tendência comercial. (Foto: Reprodução / Facebook)
Apesar das aparentes facilidades do comércio dentro dos sites de relacionamento, há quem não se deu bem com essa forma de compra e venda. A estudante Areia Ocampos, 21, anunciou a venda de um iPod Touch nos diversos grupos maringaenses. “Anunciei em vários grupos, mas não tive nenhum retorno. Até cheguei a conversar com alguns interessados, mas ninguém quis comprar o iPod, de fato.” Apesar de não ter conseguido vender o aparelho, a estudante diz não ter perdido a crença nesses grupos. “Se precisar, volto a anunciar lá.”
O publicitário Marcelo Arado, 31, é outro exemplo de insucesso nas vendas dos grupos no Facebook. Há poucos meses, ele anunciou a venda da antiga bateria e, assim como Areia, não conseguiu vender. “Acredito que ninguém comprou a bateria porque o preço era muito alto e o público desses grupos é mais segmentado.” Arado ressalta que, apesar de não ter realizado a venda nos grupos, a divulgação proporcionada pela internet é importante. “Por isso, até voltaria a anunciar algum outro produto meu.”
O economista Ronaldo Bulhões, doutor em economia na gestão de negócios, explica que essa tendência de negociação é importante no desenvolvimento e ampliação do comércio eletrônico. Apesar disso, diz acreditar que esse sucesso não será suficiente para derrubar o já consolidado e-commerce. “Esse mercado do Facebook não tem garantias legais. A própria legislação da rede social proíbe esse tipo de negociação e comércio. É uma questão de tempo [para que os grupos acabem], até surgir um novo mercado que se adapte ainda mais às necessidades dos consumidores.”
Aprendiz de jornalista viciado em revistas, fã de Madonna e defensor do Big Brother Brasil.
Jornal Matéria Prima é produzido por alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Cesumar - UniCesumar - na disciplina Técnica de Reportagem.
Uma pena que todos os grupos de compra e venda estão com os dias contados,
bom ainda esta de oé o grupo Mercado Livre Indaiatuba
http://www.facebook.com/groups/mercadolivreindaiatuba/
compra venda troca, de tudo