


A inflação acumulada de 5.281% ao ano no País não inibe as obras em andamento, principalmente nos bairros de Maringá
Celso Dutra
Aluno de Jornalismo
Obras em Maringá que estão na etapa final de construção/Foto e Montagem: Celso Dutra
Dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) indicam que a inflação brasileira acumulada nos últimos 12 meses foi de 5.281%. Em Maringá, o setor da construção civil parece não sentir os efeitos inflacionários. O volume de empreendimentos em construção, principalmente os imobiliários de novos bairros na cidade, indicam, segundo especialistas, que o investidor confia mais na construção civil como forma de aplicação do que na caderneta de poupança. O programa “Minha Casa Minha Vida”, do governo federal, tem ajudado famílias a realizar o sonho da casa própria. Outro recente incentivo do governo federal é a aprovação de regras de financiamento usando o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para a compra de materiais de construção.
O mercado formal oferece todo tipo de financiamento, seja por meio das revendedoras de materiais de construção, bancos públicos e/ou privados”
De acordo com o economista Darcy Pedro Thomaz, professor do Centro Universitário de Maringá (Cesumar), parte da sociedade brasileira tem olhos voltados para as oportunidades de negócio. Thomaz afirma que um dos melhores investimentos é o setor imobiliário. “Além do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, outro fator influente é a cultura dos financiamentos. O mercado formal oferece todo tipo de financiamento, seja por meio das revendedoras de materiais de construção, bancos públicos e/ou privados. Ele confirma que Maringá é uma das cidades pólo da região noroeste do Estado. “Aqui tem muitas faculdades, indústrias em geral e o setor do agronegócio é defendido por empresários da área. Isso faz com que pessoas da região e de outros lugares invistam aqui.”
O engenheiro civil Julio Ricardo de Faria Fiess, coordenador do curso no Cesumar, defende que antes de iniciar qualquer construção, é preciso analisar alguns fatores. Um deles é a condição econômica da pessoa. Outro está relacionado à qualidade da obra. “É necessário um bom projeto, que seja bem detalhado, comprar materiais de qualidade e contratar profissionais com experiência na construção civil. Caso contrário a perda de tempo é grande o dinheiro aplicado vai para o ralo e a estrutura de segurança não fica confiável.”
Lucimar Pereira, 54, vendedor de materiais de construção de uma loja da cidade, desabafa dizendo que a concorrência na hora da venda é grande, mas que ainda tem espaço para aqueles que querem trabalhar. “Está complicado competir com o atacadista, ele está executando as vendas também no setor varejista, oferecendo ao consumidor os mesmos preços das mercadorias, só que em grandes quantidades.”
Feliz com minha futura profissão. Agradeço a Deus pela chance de voltar aos bancos escolares
Jornal Matéria Prima é produzido por alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Cesumar - UniCesumar - na disciplina Técnica de Reportagem.