A atual equipe que produz o Jornal Matéria Prima (Foto: Priscila Dias)

Em plena fase acadêmica, estudantes de jornalismo do Cesumar (Centro Universitário de Maringá) dispõem de um jornal-laboratório para produzirem, no mínimo, edições quinzenais. Dessa forma, os textos produzidos são imprescindíveis para o crescimento e amadurecimento profissional. O compromisso com o cronograma de produção do Jornal Matéria Prima favorece a todos, pois só assim acadêmicos ganham no quesito educação/aprendizagem e os leitores no quesito informação.

Com poucos textos e baixa motivação, o JMP não tem sido aproveitado como deveria

Ao analisar o baixo aproveitamento dessa oportunidade de produzir “sem medo de errar” porque o erro, neste caso, é parte do aprendizado,  a timidez aparece como uma boa razão. Também a dificuldade que estudantes de jornalismo, pela própria inexperiência, têm de se movimentar sozinhos atrás da notícia, de ir a bairros procurar boas histórias de vida, podem contribuir para a baixa produção textual até aqui. Mas quem disse que seria fácil?

Um dos motivos mencionados pelos alunos para a baixa produção dos textos está na dificuldade de conciliar a vida acadêmica com a jornada de trabalho, que a maioria dos alunos enfrenta. São trabalhos científicos distribuídos em várias disciplinas e o tempo tem alto valor nesse processo. Não é fácil para ninguém, mas desde que começam um curso superior, os estudantes sabem da responsabilidade que irão assumir. É preciso, portanto, dedicação e disciplina para dar conta dos trabalhos com prazos de entrega estipulados, indispensáveis à formação profissional do estudante.

Juntar teoria à prática não é um exercício fácil, exige esforço e, sobretudo, interesse. Durante décadas, conviveu-se com a ideia de que cursos noturnos exigiam menos dos alunos, o que, felizmente, é concepção de passado. Os sistemas de avaliação permanente de cursos superiores, implantados pelo MEC, estão aí para provar o contrário, fechando as portas de faculdades de fachada.

O momento para aspirantes do jornalismo em processo de formação é de arregaçar as mangas. Com a produção de mais textos a experiência, tão exigida pelos profissionais da área, aumenta e pode ser o diferencial entre estar ou não no mercado dentro de dois anos.